É muito importante conhecermos um pouco desse tipo de carga!
Nesta postagem, apresentamos algumas fotos, da análise realizada, na Assembléia Legislativa de São Paulo, para a implantação da nossa solução de controle de demanda de consumo, para principalmente os aparelhos de ar-condicionados, da Câmara Municipal de Limeira, realizada, nos "idos de 2004", e que até os dias de hoje, também servem como referência ("Jurisprudência de Engenharia"), para outras aplicações, que estão apresentando, os mesmos problemas de sobrecarga daquela época!
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Estudo dos circuitos das instalações, no que se refere ao
sistema de ar-condicionado.
Em primeiro lugar, consideremos os dois principais tipos de
cargas (dispositivos conectados na instalação elétrica): As cargas puramente
resistivas e as cargas chamadas indutivas.
As cargas resistivas são compostas puramente por filamentos
de lâmpadas incandescentes, resistências elétricas de chuveiros e aquecedores,
etc. As cargas indutivas, também chamadas de cargas complexas, isto é,
compostas principalmente de indutores (bobinas) ou motores, que podem ser
encontrados em geladeiras, aparelhos de ar-condiconado, ventilados, etc.
Um motor composto por indutores, solenóides ou bobinas,
possuem uma propriedade elétrica chamada de “indutância”; esta propriedade,
causa na rede elétrica um pico de energia, no momento em que é interrompida a
alimentação elétrica do mesmo. Essa energia gerada é chamada de força contra
eletromotriz. Essa geração de um pico de tensão elétrica nas instalações se
assemelha à geração de alta tensão das bobinas de ignição nos veículos
automotores.
Esse efeito, já existe nas instalações elétricas a muitos
anos, e normalmente era ignorado, pois , as cargas, normalmente eram de
lâmpadas e motores, que não eram afetadas pelos picos da rede causados por
motores. Com o desenvolvimento da eletrônica, que por sua vez, proporcionou o
aumento de computadores nos prédios residenciais ,comerciais e industriais, o
efeito de chaveamento (Efeito de Liga/Desliga) de cargas “complexas”, como é o
caso dos motores, passou a ser considerado, principalmente pela racionalização
de energia, no que se refere a “regulação” de tensão.
Regulação de tensão:
Capacidade de um alimentador de energia elétrica (Gerador, Bateria,
Transformador, etc) conseguir manter um nível de energia estável, com variações
de consumo. Por exemplo: Quando em uma
residência, as luzes diminuem de intensidade no momento em que é ligado um
chuveiro (chuveiro = carga alta, pois consome alto valor de corrente elétrica).
Neste caso, observa-se que o padrão de energia da residência ou a instalação
elétrica, não está proporcionando uma boa regulação, haja visto que, não é
mantido o mesmo nível de tensão elétrica todo o tempo com diferentes níveis de
carga.
Desta forma, os
alimentadores devem ser calculados de forma a manterem o nível de tensão
elétrica o mais constante possível em uma instalação elétrica. Até pouco tempo,
uma das maneiras de conseguir-se uma boa regulação em uma instalação, era a de
super estimar-se o transformador alimentador, assim, os diferentes níveis de
carga, pouco afetavam a regulação da alimentação. Nos dias de hoje, procura-se
ser mais preciso nesta especificação, pois, uma superestimativa, pode
representar desperdício de dinheiro. Assim observa-se que o valor de energia
disponível no alimentador, normalmente é muito próximo do consumo médio da
instalação; com isto, o “tratamento”, isto é, a forma com que devemos “lidar”
com o chaveamento de altas cargas, torna-se muito importante, haja visto que
não temos mais muita “folga” de energia para as eventuais sobrecargas.
Sobrecargas elétricas:
Elevação momentânea ou não, de consumo de energia elétrica de uma
instalação, acima de um valor máximo.
Normalmente os circuitos são protegidos contra sobre cargas
de tensão, entretanto existem sobrecargas momentâneas (que ocorrem muito
rapidamente), que não são detectadas pelos protetores (disjuntores ou
fusíveis), que causam uma falta ou queda de energia por um pequeno instante de
tempo. Muitas vezes os dispositivos de proteção contra sobrecarga estão
superdimensionados e não atuam, interrompendo os circuitos nas sobrecargas.
... e continua...
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